quarta-feira, 12 de novembro de 2008

De Puerto Madryn a Buenos Aires II
















Intervenciones en la primera infancia

Letícia Lopez especialista em relações familiares escreve no livro “Intervenciones en la primera infância”, sobre a tradução neurobiológica da privação.

A intervenção precoce (não confundir com estimulação precoce) é uma área que integra um grande conhecimento bio-psico-social e necessita de um vasto conhecimento e experiência da Psicologia do bebé, das relações familiares e da interacção mãe-bebé.
A editora Marcela Pereira escreve um capítulo interessantíssimo sobre intervenções com mães e crianças com menos de 3 anos.

Fico sempre agradavelmente surpreendida aqui na América Latina, mesmo os investigadores mais vocacionados para a clínica não descuram os contextos sócio-culturais, a importância da História, da Cultura e da Política.
Preconiza-se, para a intervenção precoce, o trabalho através da família, devendo a mãe ser ajudada a observar e interagir com a criança (e não ser substituída pelo técnico nesta interacção).

Nestes primeiros anos onde se fala de bebés com vinculação (mais ou menos) segura, os pais são o principal interlocutor/actor do seu bebé. O técnico de saúde ou de educação está ali para ajudar.
(Na despedida de El Bolson recebi uma aguarela com um poema, com agradecimentos “ por con-movernos”. Revi-me no poema e na “con-mocion”)
Teatro e cinema em Puerto Madryn

Na viagem até Puerto Madryn vimos um filme “ 4 minutos” sobre a vida ("as vidas") numa prisão de mulheres (filme alemão que vimos em espanhol com legendas em inglês (?). Interessante retrato e excelente concerto, o da reclusa-pianista genial.

Chegados a Puerto Madryn vimos no nosso Cine-auditório que “ 4 minutos” . Vai ser o próximo filme do Club del lunes.

Vimos "La Comedia de la Vida", filme sueco ("Du levante") de 2007 , comédia sobre o dia a a dia
No mesmo local a peça de teatro “El diário privado de Adan y Eva”, uma reflexão ( cómica) sobre as diferenças de género, e uma sátira (algo estereotipada) sobre os problemas de relacionamento e comunicação entre homens e mulheres, antes que se tenham começado a achar alguma gracinha, apenas depois da maçã!

Gostámos de Puerto Madryn, cidade plana, solarenga, onde tudo é perto do mar e onde se vêem baleias ao largo da praia, das esplanadas junto à rua marginal.

Mais uma publicação

Luísa Barros, Margarida Gaspar de Matos e Joan M. BATISTA-FOGUET,
Chronic diseases, social context and adolescent health.
Rev. bras.ter. cogn., jun. 2008, vol.4, no.1, p.0-0. ISSN 1808-5687.

RESUMO
As crianças com doença crónica têm maior probabilidade de problemas emocionais e comportamentais, embora alguns estudos apontem a sua boa adaptação. Foram identificados factores de protecção e de risco para a adaptação positiva a condições crónicas relacionados com a família e a escola. Este estudo testou a associação negativa da doença crónica à saúde positiva.
Uma amostra nacionalmente representativa de 6131 adolescentes portugueses com média de idade de 14 anos foi avaliada através de um questionário auto-administrado. Usámos dados do estudo português do HBSC de 2002 (Health-Behaviour in School-Aged Children), nomeadamente as questões sobre doença crónica, indicadores demográficos, sintomas psicológicos, variáveis relacionadas com a vida escolar, uso de substâncias e satisfação com a vida.
Realizamos análises multivariadas, seguidas da especificação dum Modelo de Equações Estruturais.
Estudantes com doença crónica relataram mais sintomas psicológicos, menor satisfação global e menos percepção positiva do ambiente escolar, confirmando a associação negativa entre a doença crónica e a satisfação global com a vida, e que esta relação é moderada pelo género, ano de escolaridade e estatuto sócio-económico, e mediada por variáveis relacionadas com a escola. Recomenda-se, pois, que as escolas desenvolvam procedimentos mais sistemáticos para apoiar os estudantes com doença crónica.

Palavras-chave: Doenças crónicas, Adolescentes, Saúde positiva.

REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIAS COGNITIVAS, 2008, Volume 4, Número 1

Parabéns Luísa e Joan!

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