quarta-feira, 31 de março de 2010

Bullying chega à Universidade




Bullying na relação entre pares na escola e na universidade: 10 passos para inibir relações de intimidação



Desde há 3 semanas o bullying voltou à ordem do dia com propostas no parlamento, declarações governamentais, declarações de especialistas e de cidadãos na comunicação social.
Aqui ficam como contributo, 10 passos para abordar e limitar a questão:

1) Bullying não é (só) violência física, e não é igual a indisciplina na aula. Não é útil baralhar tudo!

2) É preciso não banalizar, mas também não catastrofizar e manter a serenidade, uma atitude pró-activa e uma resistência “ao reboque” da comunicação social e de opiniões com intuitos político-partidários demasiado salientes.

3) Na adolescência, o fenómeno de bullying tem efectivamente diminuído em Portugal como em outros países (ver p.e. www.hbsc.org), nomeadamente diminuiu significativamente a percentagem de alunos vítimas de bullying, onde Portugal tinha ainda em 2002, uma posição europeia muito desvantajosa.

4) Uma das razões identificadas para esta diminuição é justamente que o debate sobre este tema tem tido um efeito inibidor sobre os ofensores, uma vez que anula o carácter de “massacre em privado” de onde este fenómeno retira força.
Para além disso o esclarecimento público sobre as modalidades de “mal estar secreto” dos intimidados, tem permitido uma identificação mais rápida e eficaz e uma acção preventiva.

5) A maior parte dos alunos Portugueses não se envolve em actos de bullying e a maior parte das escolas portuguesas não tem casos de bullying.
A (preocupante) minoria de alunos e de escolas que têm que lidar com este fenómeno têm que tomar medidas serenas mas urgentes: um rol de regras e de punições só por si não resulta e poderá mesmo ter reacções adversas.
As comunidades educativas poderão usufruir da autonomia que têm e promover um amplo e participado debate, procurar ajuda logística e jurídica na definição de regras e custos de incumprimento, definindo desde logo como monitorizar e passar rapidamente à acção.

6) Neste momento pondera-se em Portugal, como em outros países, atribuir ao fenómeno de bullying um atributo de ilegalidade. Esta medida carece ainda de espessura histórica para a avaliação do seu impacto, sendo que não invalida o que se referiu na alínea anterior.

7) Bullying foi definido como uma relação interpessoal com uso de violência física ou psicológica entre pares (entre colegas), mas onde há um desequilíbrio de poder, havendo uma acção de carácter repetitivo e com intuito de fazer mal.

8) Por definição não faz sentido falar de bullying de alunos contra professores (uma vez que esta não é uma relação entre pares), mas não há “escolas de paz” em zonas de violência e, sendo técnicamente incorrecto falar-se de bullying na relação de alunos com professores, já é infelizmente uma realidade a ocorrência deste fenómenos entre pares/ docentes.

9) O bullying entre docentes (e quiçá entre trabalhadores de um modo geral), não se caracteriza pela violência física, mas toma foros de perseguição continuada no tempo com intuito de fazer mal (veja-se definição em cima), com métodos como denegrir a imagem, dificultar a realização de actos profissionais, impedir boa prestação profissional, ignorar, não dar voz, atrasar processos com invulgares entraves burocráticos, enfim tudo critérios do chamado bullying indirecto.
Este fenómeno (já antigo?) de bullying entre pares no meio laboral (aliás com alto paradigma no meio universitário), é efectivamente um modelo para os mais novos: quem consegue poder, serve-se dele repetidamente para prejuízo dos demais.

10) O fenónemo do bullying é inaceitável e medidas urgem, mas a principal medida é realmente uma mudança cultural, uma alteração da “reputação social” do intimidador, tornando esse personagem, quer nos bancos da escola, quer na sala de professores, quer no campus universitário, um verdadeiro “cromo” carregado de indesejabilidade social.

Como este fenómeno vive dos seus “ vícios secretos”, vamos iniciar uma investigação sobre a frequência e tipificação do bullying ao longo da vida.

Se tem histórias para contar, contacte-nos!
A divulgação, ainda que anónima, ajuda a encontrar mecanismos de reacção e ajuda a acabar com a intimidação.

Não se isole. Fale connosco!
Referências recentes:

sábado, 27 de março de 2010

Visita de investigadores da Universidade de S.Carlos

Workshop no Porto :  de 19 a 25 de Abril Zilda e Almir de Prette na Universidade do Porto

 

 

 

Detalhes em http://www.fpce.up.pt/sec/?urlgo=pages/formview/?busca=QRDAYAY&p=view

 

 

Novo website www.rihs.ufscar.br

 

 

 

 

Zilda A. P. Del Prette - Departamento de Psicologia - UFSCar

Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Educação Especial

Grupo de Pesquisa - Relações Interpessoais e Habilidades Sociais

Fone 16-33518447 - Fax 33518361 - http://www.rihs.ufscar.br

 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Câmara Municipal da Mealhada

Segundo Encontro com a Educação
 

 

 

Revista Psicologia da Criança e do Adolescente

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III CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

III CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

I CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

 

É com muito gosto e honra que vos apresento os propósitos da Comissão Organizadora para o Congresso, e gostaríamos de contar com a vossa colaboração na proposta de submissão de Simpósios temáticos, bem como da divulgação juntos dos vossos contactos.


Assim, o tema do Congresso será:

 

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO

  

  1. Apresentação

 O trabalho na área da Educação para a Saúde é hoje inserido na carta das tarefas de desenvolvimento para o milénio das Nações Unidas, se quisermos garantir um desenvolvimento sustentado da Humanidade.

 

Também em Portugal existe uma crescente sensibilidade para a importância da Educação para a Saúde nos mais variados contextos que importa dar a conhecer e sistematizar, dando continuidade ao trabalho realizado nos anteriores congressos.

 

  1. Objectivos                              

Tendo por mote a Educação para a Saúde como um importante motor de desenvolvimento cívico, social e sustentado, o objectivo do III Congresso é reunir as contribuições de todos os investigadores, educadores, técnicos de saúde, etc., de modo a tornar cada vez mais visível esta importância.

 

Assim, o III Congresso Nacional de Educação para a Saúde partilha dos mesmos objectivos das edições anteriores, destacando-se os seguintes:

 

- Defender a saúde como um Valor cívico e social a preservar;

 

- Facilitar o conhecimento e intercâmbio de experiências e investigações educativas entre educadores, professores e técnicos envolvidos em qualquer actividade no âmbito da Educação para a Saúde;

 

- Contribuir para a construção de respostas educativas adequadas às áreas prioritárias de intervenção definidas pelo Ministério da Educação;

 

- Impulsionar, defender e divulgar modelos e boas práticas em Educação para a Saúde que seduzam as crianças, jovens e adultos a melhorar o seu estado de saúde global.

 

 

  1. Áreas

 - Saúde e Cidadania - Saúde e Ambiente - Saúde e Actividade Física - Saúde e Nutrição - Saúde e substâncias   tóxicas - Saúde sexual e reprodutiva - Educação para a sexualidade - Saúde Mental - Saúde Oral - Saúde Laboral - Saúde e Media - Saúde e Violência em meio escolar, familiar e laborar - Saúde e Arte - Saúde Infanto-juvenil - Saúde do Adulto e do Idoso - Saúde familiar - Saúde e Interculturalidade e imigração - Saúde e minorias - Saúde e Qualidade de Vida - Promoção e prevenção da Saúde - Saúde rodoviária.

 

Aproveito para deixar a página da Internet do Congresso, na qual poderão observar mais informação relevante, nomeadamente as datas importantes, entre outras informações, a actualizar. http://3cnes.ubi.pt/

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quando pararemos de apagar fogos para tomar medidas eficazes, sustentadas e sustentáveis?

Colecção Educação XXI nº3


A Escola aparece-nos como um contexto muito particular, comum a todos os cidadãos no decorrer do seu desenvolvimento e onde, fruto de vários desafios nas relações interpessoais, a questão da violência interpessoal assume algum protagonismo e acarreta alguma preocupação pública.

Pretendemos de forma breve e sucinta sensibilizar alunos, pais, educadores e professores para o Bullying/violência entre pares.

Este termo tem vindo a ser incorporado na linguagem do quotidiano: escutamos esta palavra na televisão, na rádio, lemos nos jornais, ouvimos na rua, em casa, na escola e no emprego.

Se por um lado esta popularidade, chamando a atenção para o fenómeno, pode ajudar a identificá-lo e a evitá-lo, por outro lado corremos o risco de ficar a pensar que é um fenómeno recente nas nossas escolas e em geral nas nossas vidas, quando de algum modo é um nome novo para um fenómeno que vem mesmo provavelmente da origem da espécie humana, e que se inscreve globalmente na dificuldade de regular relações interpessoais, numa perspectiva de ganho mútuo.

Margarida Gaspar de Matos

o link:

e ainda sobre o tema:


http://nonio.eses.pt/interaccoes/artigos/M6%20-%20Matos.pdf


http://nonio.eses.pt/interaccoes/artigos/M5%20-%20Sonia.pdf


http://nonio.eses.pt/interaccoes/artigos/M4%20-%20Sebastiao.pdf

quarta-feira, 3 de março de 2010

Teen Dating Violence


Dating Matters: Understanding Teen Dating Violence Prevention

Teen dating violence is a growing public health issue. In a nationwide survey of students in grades 9-12, nearly one in 10 students reported being hit or physically hurt on purpose by a boyfriend or girlfriend at least once in the past 12 months.

Dating Matters: Understanding Teen Dating Violence Prevention is a 60-minute, web-based training designed to help educators, youth-serving organizations, and others working with teens understand the risk factors and warning signs associated with teen dating violence.

Developed by the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) in partnership with Liz Claiborne Inc., Dating Matters also will highlight the importance of promoting healthy relationships.

Learn More

terça-feira, 2 de março de 2010

Corrida Solidária (Médicos do Mundo)


Mais de 740 escolas participam em iniciativa solidária

120 mil crianças correm por Timor-Leste e Portugal


Médicos do Mundo (MdM) realiza, a partir de amanhã, dia 3 de Março, a segunda edição da Corrida Solidária, um projecto que, durante o mês de Março, vai mobilizar mais de 740 escolas e 120 mil crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos, que irão correr para apoiar causas solidárias. Este ano sob o lema "Correr faz-te grande!", a campanha do projecto tem como protagonista a atleta Naide Gomes.

A Corrida Solidária tem como objectivo fomentar a consciência sobre a solidariedade entre os mais jovens, promovendo a Educação para o Desenvolvimento e da Saúde, demonstrando a importância da sua participação e capacidade para mudar situações de injustiça mundial.

O lançamento do projecto será amanhã às 10h30, na escola Delfim Santos, em Lisboa, data em que decorre também a primeira Corrida Solidária. O arranque conta com a presença do atleta Nuno Delgado, protagonista campanha da primeira edição do projecto. Haverá momentos de animação da mascote da Nickelodeon, SpongeBob e, do SuperMédis, mascote da Médis

Organizadas em parceria com as escolas portuguesas e os respectivos professores, as corridas irão recolher donativos entre os alunos, que serão posteriormente entregues à MdM.

Metade dos fundos angariados com a Corrida Solidária servirá para apoiar o projecto de Médicos do Mundo em Timor-Leste, "Comunidade Saudável", que abrange cerca de 128.000 pessoas dos distritos de Lautem e Viqueque, beneficiando principalmente crianças menores de 5 anos de idade, mulheres grávidas e mães que vivem nas regiões mais remotas e com dificuldades de acesso a serviços de qualidade.

Os restantes 50 por cento serão aplicados nas necessidades dos projectos nacionais da organização, nomeadamente na aquisição de uma unidade móvel totalmente equipada e adaptada para a promoção da saúde junto de crianças e jovens portugueses.

Os donativos para a segunda edição da Corrida Solidária podem ser feitos através do NIB: Montepio Geral 0036 0052 9910 3333 3334 7

Lançamento "Corrida Solidária"

· Quarta-Feira, 3 de Março

· 10h30

· Escola Delfim Santos – Rua Maestro Frederico de Freitas, Lisboa

Informações adicionais:

Médicos do Mundo – 21 361 95 22

Rosa Pereira – rosapereira@medicosdomundo.pt – 96 38 92 871


Educação que temos