CASINO Debate no programa ?ReAcontece?
Os adultos é que precisam
de educação sexual...!
Monsenhor Feytor Pinto e a psicóloga Margarida Gaspar de Matos partilharam pontos de vista acerca do assunto
O primeiro é responsável
pela Pastoral da Saúde
da igreja católica portuguesa
e a segunda fez parte
do grupo de trabalhou que
apresentou propostas para a
nova legislação sobre educação
sexual. Eles foram os convidados
do programa radiofónico
ReAcontece, moderado
pelo jornalista
Coelho, que se realizou na noite
de terça-feira no Casino Figueira.
A tertúlia começou com a
homossexualidade, apenas
uma parte da educação sexual,
adiantou Margarida de
Matos. Se alguém disser que
a homossexualidade tem uma
carga genética, ninguém pode
ser discriminado, argumentou,
por seu lado, Feytor
Pinto. O padre assumiu-se como
um homem da ciência e
da ética.
Os professores ocupavam
a maior arte da plateia. Pedro
Curto, presidente do conselho
executivo da Escola Infante D.
Pedro, em Buarcos, lembrou
que são muitas as escolas portuguesas
que há vários anos
ensinam educação sexual. E
afirmou que a maior parte dos
professores que conhece têm
capacidade técnica e científica
para leccionar a matéria em
causa.
Ente pares é mais fácil
Em declarações ao DIÁRIO
AS BEIRAS, o seu homólogo
da Escola Joaquim de Carvalho,
Carlos Monteiro, defendeu que
a educação sexual nas escolas
deve ser multidisciplinar. Por
outro lado, acrescentou, deviam
ser formados jovens -
com uma diferença de idade
considerável - para ensinarem
os mais novos. Isto porque se
o assunto for tratados entre pares
obtém melhores resultados,
uma vez que não há lugar
para choques geracionais.
A sociedade portuguesa divide-
se em torno do conteúdo
e de quem deve ensinar educação
sexual. A transversalidade
(pais, escola e catequese) é o
modelo defendido por Feytor
Pinto. Já para Margarida de Matos
torna-se difícil conseguir a
uniformização do método entre
os diversos agentes. Uma
das frases da noite saiu da boca
do monsenhor: quem precisa
urgentemente de educação
sexual são os adultos...!.
Por seu turno, a psicóloga sublinhou
que a lei pouco mais vai
fazer do que acabar com as escolas
más.
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