sexta-feira, 13 de março de 2009

Educação Sexual nas Escolas



CASINO Debate no programa ?ReAcontece?

Os adultos é que precisam

de educação sexual...!

Monsenhor Feytor Pinto e a psicóloga Margarida Gaspar de Matos partilharam pontos de vista acerca do assunto

O primeiro é responsável

pela Pastoral da Saúde

da igreja católica portuguesa

e a segunda fez parte

do grupo de trabalhou que

apresentou propostas para a

nova legislação sobre educação

sexual. Eles foram os convidados

do programa radiofónico

ReAcontece, moderado

pelo jornalista Carlos Pinto

Coelho, que se realizou na noite

de terça-feira no Casino Figueira.

A tertúlia começou com a

homossexualidade, apenas

uma parte da educação sexual,

adiantou Margarida de

Matos. Se alguém disser que

a homossexualidade tem uma

carga genética, ninguém pode

ser discriminado, argumentou,

por seu lado, Feytor

Pinto. O padre assumiu-se como

um homem da ciência e

da ética.

Os professores ocupavam

a maior arte da plateia. Pedro

Curto, presidente do conselho

executivo da Escola Infante D.

Pedro, em Buarcos, lembrou

que são muitas as escolas portuguesas

que há vários anos

ensinam educação sexual. E

afirmou que a maior parte dos

professores que conhece têm

capacidade técnica e científica

para leccionar a matéria em

causa.

Ente pares é mais fácil

Em declarações ao DIÁRIO

AS BEIRAS, o seu homólogo

da Escola Joaquim de Carvalho,

Carlos Monteiro, defendeu que

a educação sexual nas escolas

deve ser multidisciplinar. Por

outro lado, acrescentou, deviam

ser formados jovens -

com uma diferença de idade

considerável - para ensinarem

os mais novos. Isto porque se

o assunto for tratados entre pares

obtém melhores resultados,

uma vez que não há lugar

para choques geracionais.

A sociedade portuguesa divide-

se em torno do conteúdo

e de quem deve ensinar educação

sexual. A transversalidade

(pais, escola e catequese) é o

modelo defendido por Feytor

Pinto. Já para Margarida de Matos

torna-se difícil conseguir a

uniformização do método entre

os diversos agentes. Uma

das frases da noite saiu da boca

do monsenhor: quem precisa

urgentemente de educação

sexual são os adultos...!.

Por seu turno, a psicóloga sublinhou

que a lei pouco mais vai

fazer do que acabar com as escolas

más.

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