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O CASO DO APITO NEGRO
Ai vamos nós, saindo de Sofia, numa viagem pela grande planície Staba (parece que aqui se diz Stara mas este foi o nome que encontrámos na net) observando campos de cultivo, alguns tratados e outros nem por isso, eventualmente esperando uma reforma agrária que tarda em se concretizar. Um autocarro Mercedes que, se não nos enganamos, já foi Alemão e com uma folga na direcção que não inspira confiança mas que acabará, com alguma fé à mistura, por chegar ao nosso destino.
fig.1 e 2
Guardados à esquerda e a direita pelos montes Balkans e Rhodope, respectivamente, lá acabamos por avistar a pitoresca cidade de Burgas, que até meados do sec. XIX esteve sobre ataque de bandidos Kurdzbali, e finalmente o tão desejado Mar Negro para um festival de música a decorrer na praia e nos jardins públicos. Do festival nada temos a dizer visto que foi igual a qualquer outro, sem nomes sonantes, mas com bom ambiente.
fig.3 e 3 a
Vamos falar antes do agradável passeio pelos ditos jardins e alguns mergulhos no mar que já agora se chama negro devido à cor da areia de origem vulcânica. Com respeito aos jardins tomem atenção. Vladimir Ílitch Uliánov (em russo Влади́мир Ильи́ч Улья́нов) aguarda-vos em quase todas as esquinas. Efectivamente não o vimos, quase de certeza, devido ao complicado decifrar de tão notável nome e às parecenças de todos os intervenientes em bronze que populam entre as árvores.
fig.4
Pedimos desculpa por não termos imagem (o raio da bateria da máquina finou-se) de uma estátua, também ela em bronze, de um pequeno Adónis relembrando o esforço popular de toda uma juventude preparada para um futuro glorioso que, como toda a gente sabe, foi engolido pela imparável máquina do capitalismo. A pobre criança foi atacada por vandalos munidos de um esmeril (máquina para cortar ferro) e zucas, lá se foi o braço direito. Aquele que à grande maioria da humanidade serve para laborar um futuro mais promissor. Disto não temos a certeza mas acreditamos que nessa mão estaria um martelo ou uma foice. Lagrimas de sangue e um esgar labial pintados à mão com a famosa tinta de cor vermelha. Curiosamente não lhe cortaram a piiiiiiiiiii. :)
Ai vamos nós, saindo de Sofia, numa viagem pela grande planície Staba (parece que aqui se diz Stara mas este foi o nome que encontrámos na net) observando campos de cultivo, alguns tratados e outros nem por isso, eventualmente esperando uma reforma agrária que tarda em se concretizar. Um autocarro Mercedes que, se não nos enganamos, já foi Alemão e com uma folga na direcção que não inspira confiança mas que acabará, com alguma fé à mistura, por chegar ao nosso destino.
fig.1 e 2
Guardados à esquerda e a direita pelos montes Balkans e Rhodope, respectivamente, lá acabamos por avistar a pitoresca cidade de Burgas, que até meados do sec. XIX esteve sobre ataque de bandidos Kurdzbali, e finalmente o tão desejado Mar Negro para um festival de música a decorrer na praia e nos jardins públicos. Do festival nada temos a dizer visto que foi igual a qualquer outro, sem nomes sonantes, mas com bom ambiente.
fig.3 e 3 a
Vamos falar antes do agradável passeio pelos ditos jardins e alguns mergulhos no mar que já agora se chama negro devido à cor da areia de origem vulcânica. Com respeito aos jardins tomem atenção. Vladimir Ílitch Uliánov (em russo Влади́мир Ильи́ч Улья́нов) aguarda-vos em quase todas as esquinas. Efectivamente não o vimos, quase de certeza, devido ao complicado decifrar de tão notável nome e às parecenças de todos os intervenientes em bronze que populam entre as árvores.
fig.4
Pedimos desculpa por não termos imagem (o raio da bateria da máquina finou-se) de uma estátua, também ela em bronze, de um pequeno Adónis relembrando o esforço popular de toda uma juventude preparada para um futuro glorioso que, como toda a gente sabe, foi engolido pela imparável máquina do capitalismo. A pobre criança foi atacada por vandalos munidos de um esmeril (máquina para cortar ferro) e zucas, lá se foi o braço direito. Aquele que à grande maioria da humanidade serve para laborar um futuro mais promissor. Disto não temos a certeza mas acreditamos que nessa mão estaria um martelo ou uma foice. Lagrimas de sangue e um esgar labial pintados à mão com a famosa tinta de cor vermelha. Curiosamente não lhe cortaram a piiiiiiiiiii. :)
Com respeito à praia, e visto que nós estamos habituados a mares estranhos, não notámos nada de novo. Água morna igual a um Mediterrâneo ao alcance de qualquer modesta bolsa com bilhete promocional de uma companhia de aviação que, tal como autocarro de à bocado, esperemos que nos leve a bom porto. O caso curioso, e dai o título, é que o pobre do banheiro deve ter recebido ordens especiais de uma instância superior, devido ao festival seria a nossa melhor aposta, e sempre que alguém, tal como nós, punha os pés na agua acima dos artelhos o homem largava a apitar. A bandeira estava vermelha, coisa que poria qualquer costa capariquense a rir (para já não falar de um mequiniano), mas visto que a cor pelos vistos ainda está na moda ela lá se ergueu. Era ver o vulgar banhista a tentar molhar o corpo nuns miseros três dedos de água bastante salgada.
fig.5
Tivemos que aguardar pelo fim do horário laboral do dito para fazer honras ao mar tão desejado e molhar finalmente, de cabeça, numa série de carreirinhas que ficaram gravadas na memória deste vosso humilde narrador. Não é bem assim, dava para dar um mergulho quando o artista ia incomodar o outro lado da praia. Valeu a viagem. Apareçam.
fig.6
Ps: Um pequeno pormenor de arquitectura. Viva os Taveiras.
fig.7
Um grande beijo para a menina Emilia, onde quer que esteja, e também para o nosso saudoso Portugal de Alexandre "O Curto" só para não confundir com "O Grande" que também por aqui já passou.
fig.8
fig.5
Tivemos que aguardar pelo fim do horário laboral do dito para fazer honras ao mar tão desejado e molhar finalmente, de cabeça, numa série de carreirinhas que ficaram gravadas na memória deste vosso humilde narrador. Não é bem assim, dava para dar um mergulho quando o artista ia incomodar o outro lado da praia. Valeu a viagem. Apareçam.
fig.6
Ps: Um pequeno pormenor de arquitectura. Viva os Taveiras.
fig.7
Um grande beijo para a menina Emilia, onde quer que esteja, e também para o nosso saudoso Portugal de Alexandre "O Curto" só para não confundir com "O Grande" que também por aqui já passou.
fig.8
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