Que necessidade sentida levou à criação da Aventura Social?
A universidade portuguesa tornou-se, na generalidade, afastada das pessoas e das necessidades sociais, muito espartilhada entre duas perspectivas:
A mediocridade deste "escritório", sempre bulímico de " tricas palacianas", menosprezando o conhecimento e a inovação, contribuí para a fraca posição de Portugal no mundo, nesta área.
Por isso criamos o Aventura Social !
Que atividades estão a ser desenvolvidas no âmbito do projeto?
O Projeto Aventura Social, integra um grupo investigadores interessados em várias áreas da saúde da Criança e do Adolescente que têm desenvolvido diversas investigações na área da promoção da saúde e do comportamento social.
É uma equipa constituída fundamentalmente por psicólogos (juniores e seniores), de diferentes Instituições (www.aventurasocial.com) integrando alguns alunos do 1º e 2º ciclos do ensino superior.
O projecto inicial (Aventura Social e Risco), consistiu na preparação e avaliação de programas de promoção de competências de relacionamento interpessoal em instituições fechadas (educação especial, centros de apoio a crianças e jovens em risco, hospitais psiquiátricos).
Outro projecto (Aventura Social e Saúde) colabora em várias redes europeias : o Health Behaviour in School Aged Children-HBSC/OMS; o Kidscreen / UE; o Tempest / UE; o RICHE / UE; o DICE / UE; o YSAV / EU.
Inclui projectos de pesquisa e de monitorização na área da saúde de crianças e adolescentes, e pretende ter impacto sobre as políticas de promoção e educação da saúde.
Ainda outro projecto (Aventura Social na Comunidade) foi desenvolvido com base na necessidade de pensar na activação de recursos da comunidade e na participação das pessoas, e inclui trabalhos nas escolas e nas autarquias.
Todos estes projectos incluem a formação e supervisão de técnicos, famílias e jovens.
Que resultados têm sido alcançados a partir dessas atividades?
O modo mais simples de responder é remeter-vos para as nossas publicações (mais de 2 centenas) nacionais e internacionais ( orcid.org/0000-0003-2114-2350 ; researcherid.com/rid/H-3824-2012), e para os relatórios e livros, que se podem baixar gratuitamente em www.aventurasocial.com ( em publicações) .
Centenas de milhar de pessoas beneficiaram da nossa acção desde o nosso início em 1987: formámos técnicos de várias áreas e trabalhámos com crianças, adolescentes, jovens e suas famílias, em Portugal e em vários países de Africa, Austrália, América do Sul e Europa. Duas dezenas de doutoramentos foram concretizados no âmbito da nossa pesquisa.
Pertencemos a várias redes nacionais e internacionais na área da saúde da criança e do adolescente. Os nossos trabalhos foram apresentados em várias conferencias da especialidade por todo o mundo.
O nosso último projecto DREAM Teens, que começou há poucos meses (financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian) , teve já largo impacto nacional e internacional, e irá ser monitorizado pela OMS, nos próximos 2 anos como um "estudo de caso" no espaço europeu, do envolvimento de adolescentes nas politicas que lhes dizem respeito.
No âmbito da missão da Aventura Social que problemas e dificuldades existem que gostavam de ver resolvidos?
A equipa é formada por investigadores com diferentes perfis, todos muito empenhados e competentes.
A equipa tem as competências, o empenho, a inovação, o reconhecimento nacional e internacional, e até alguma facilidade de acesso a verbas para novos projectos.
As crianças, os adolescentes e as suas famílias, bem como os técnicos que com elas trabalham, não são para nós problemas, são parte das soluções.
A maior dificuldade é mesmo "o escritório". Passamos horas da nossa vida a tentar remar contra a maré. A cultura académica tem de ser urgentemente repensada, para não voltarmos outra vez ao tempo do "isolados, pobrezinhos, incultos e subdesenvolvidos" , e ainda por cima muito "orgulhos de ser assim". E isto parece já tão alinhado com a realidade!
Esta é uma questão politica, mas de política institucional mais do que de política nacional.
As maiores estratégias contra a crise económica, são a luta contra o desperdício e o investimento no conhecimento. e o grande inimigo é este "escritório" retrógado e de baixo nível, sabotador do trabalho dos demais e do desenvolvimento do País.
O papel das organizações da sociedade civil na Saúde e noutras áreas é da maior relevância neste processo.
Em breve em : Impulso Positivo (www.impulsopositivo.com )
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