Na ERA do " bota abaixo" ainda se fazem coisas neste País.
Pena que a comunicação social esteja ( com honrosas excepções) tão vocacionada para o luso "dizer mal". Até parece que somos muito mais tristes e incapazes do que somos realmente...
Nós (equipa) andamos a ver se encontramos um botãozinho que dê "ligado" ( habitualmente conhecido no planeta por "ON"), num conjunto de crianças e adolescentes, dos 3 aos 18 anos, numa escola onde trabalhamos.
Temos lá grupos de consultores, mas estes são consultores especiais: alguns são professores, outros educadores, outros pais, outros adolescentes, outros mesmo crianças: eles dizem-nos regularmente o que está bem, o que está mal, o que sugerem, o que detestam.... a Tania, a Marta, a Mafalda, a Sónia ouvem... e tentam dar seguimento.
Temos lá actividades de dinamização dos recreios, onde às vezes há violência por falta de espaço, por carências na gestão do tempo e do espaço, por incapacidade de gerar alternativas mais construtivas...
Nós tentamos estar lá e ajudar... o Ricardo, a Mafalda, a Gina animam os recreios e tentam motivar os educadores a fazer o mesmo todos os outros dias.
Temos um projecto da União Europeia (DICE) onde em conjunto com vários países vamos pôr em marcha um projecto de promoção de competências académicas, pessoais e socias, através do DRAMA .
Temos um projecto de construção de narrativas através do video ( "Videostorytelling"), animado pelo Ricardo, e o futuro clube da Fotografia, animado também pelo Ricardo. Temos um projecto de Mentoria, orientado pela Paula. Temos o projecto de gestão Institucional de regras " Passaporte para"...
Desta vez foi o projecto dos Diários Gráficos... Diários de viagem ,viagens no mundo mas também no quotidiano.
O artista e formador convidado foi o Eduardo Salavisa , que para além do mais ainda nos enviou uns desenhos da sua autoria ( os miúdos, eu assisti, adoraram os macaquinhos e comentaram " Sôtor, é tão dificil desenhar macaquinhos a mexer-se, esses estão mesmo giros"").
O Eduardo tentou que a precisão da representação fosse o menos importante, ultrapassada largamente pelo hábito e o gosto pelo registo....
Não sei se eles entenderam, mas vi-os seguir as explicações com uma motivação insuspeitada....quase onírica!)
O mesmo aliás tinha acontecido com os professores, na sessão anterior.
Vamos ver o futuro deste novo Clube de " Desenhadores do quotidiano". Para já uma definição do formador :
"Para se aprender a desenhar é preciso desenhar. Muito. Para se desenhar muito é preciso gostar de o fazer. Uma das maneiras de transmitir esse gosto pelo desenho é fazer com que os alunos adquiram o hábito de transportar um caderno: o Diário Gráfico.
Assim, habituam-se a ser mais observadores e a registar o que observam diariamente.
O Diário Gráfico transforma-se, assim, num objecto essencial por várias razões, como por exemplo, são memórias que ficam, é um espaço de liberdade, de experimentação, de prazer, é um local onde podemos registar informação útil, faz-nos companhia".
Enfim, transforma-se num amigo ". ES, 2009)
Ficam ainda algumas fotos da sessão que seguem, directamente da sessão para o telemóvel.
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