Publicações Brasileiras e...
Da Bolívia já não se fala, mas vamos aguardar uns dias.
Estamos mais confiantes da nossa ida a La Paz, pelo menos a tempo do Congresso.
Entretanto preparamo-nos para um fim de semana em Bonito (o Paraíso das Águas) com mergulho e passeios pela natureza, e no Pantanal, antes da ida segunda feira para o Paraguai.
Até lá lê-se, e aqui vai a apresentação de publicações recentes dos colegas que já visitei.
Leituras à espera de solução para a travessia da Bolívia:
Vencendo o Pânico
Bernard Rangé e Angélica Borges
RJ (2008)
Terapia que os autores chamam integrativa, largamente baseada na teoria e prática da Terapia Cognitiva Comportamental enriquecida pela experiência clínica dos autores
O livro tem duas partes uma para clientes e outra para terapeutas com análise de situações e exercícios práticos.
Atendimento Psicológico em Clínicas-Escola
Edwiges Mattos Silvares (org) ,
Ed Alínea, SP (2008)
Questões relacionadas com o atendimento Psicológico com crianças, adolescentes e adultos.
Na sequência deste livro temos a investigação do IP da USP sobre as actividades das Clínicas-Escolas no Brasil e em Portugal ( um dos nossos projectos conjuntos).
Adoro Odiar o meu professor
António Zuin
Autores Associados SP (2008)
O alunos entre a ironia e o sarcasmo pedagógico
Reacções sarcásticas dos alunos, ou como eles aprenderam muito bem a lição dos seus mestres. “O ressentimento dos alunos em relação aos seus mestres que os “educam” pelo sarcasmo não se reduz a um momento isolado”.
Psicologia das habilidades Sociais na Infância e na Adolescência
Zilda e Almir del Prette
Ed Vozes, Petrópolis (2006)
Numa Psicologia do Desenvolvimento em algumas áreas formatada pelo modelo adulto, aqui temos competências especificas do desenvolvimento da criança e adolescente: auto-controlo e expressão emocional, civilidade empatia, assertividade, solução de Problemas interpessoais, Fazer amigos, Competências sociais académicas
A representação do Eu na vida Cotidiana
Erving Goffman
Editora Vozes 8 ed (1975, ed original 1959) (encontrado num SEBO em S.Paulo, velhinho mesmo!)
Cenário e a Fachada: aparência e modo relacional (“invólucro externo”)
Regiões e comportamento regional
Comunicação imprópria
A arte de manipular a Impressão
Psicologia da Saúde: Pesquisa e Prática
Maria Cistina Miyazaki, Neide Micelli Domingos, Nelsom Valério
( 2006) THS Abrantes , SP
Reflexões sobre as modalidades, as vantagens, as experiências, as dificuldades do trabalho pluridisciplinar na clínica Hospitalar e na prestação de serviços à comunidade, com especial foco no trabalho do Psicólogo numa equipa de saúde. Oferecem interessantes contributos na área do aconselhamento pré-operatório (com um manualzinho para crianças “eu vou ser operado!”, diabetes, cancro, epilepsia, ACV, AVC, obesidade infantil, VIH, crianças infectadas com VIH, transplantes, stress em estudantes de Medicina (estudo de consequências como abuso de substâncias, dificuldades na relação interpessoal, depressão, suicídio).
Abigail e as mulheres " sem voz"!
Encontrei o catalogo de uma exposição de pintura que vimos ainda do Rio. Uns quadros de cores e formas agradáveis (uns mais bem conseguidos do que outros), todos num estilo consistente.
Figuras de mulher, ao estilo anos 20, chiques mas inexpressivas.
A pintora, de nome próprio Abigail (a evocar o árabe, não fora os restantes nomes, entre o indiano e o alemão).
O folheto que acompanha esta exposição de pintura, traz um texto, esse sim assustador, a transparecer problemáticas que gostaríamos de julgar extintas.
O silêncio – Abigail Vasthi Schlemm, 2008
“(…) Nunca pretendi interferir, nem remotamente nos destinos da humanidade. Com a minha arte somente procuro a beleza e a poesia possíveis.
Minhas personagens, às vezes, se confundem comigo. São concentradas, quietas, caladas, fora do ar e do tempo, como quem já não espera. Quase sempre estão de costas para o mundo. Seu universo é pessoal.
Mas elas são instigantes, envolvem, provocam, seduzem. seu silêncio é profundo, patético e profético. Seu silêncio é o silêncio que denuncia a ausência das mulheres na história da humanidade”
Esta descrição corresponde exactamente ao oposto do que se advoga para a promoção da igualdade de género e do bem-estar interpessoal: estas mulheres silenciosas e passivas, quiçá manipuladoras!
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