A Questão Boliviana
A política Boliviana está confusa, como provavelmente em todos os países. Aqui a questão é mesmo dicotómica: há os apoiantes de Evo Morales e os seus opositores.
Do lado dos apoiantes ouve-se que Evo é um defensor das classes pobres, um homem que prometeu acabar com a corrupção e com o favoritismo, um homem eleito pelos pobres das zonas altas e muito povoadas das montanhas a ocidente, que quer providenciar aos mais desprotegidos: crianças, pessoas portadoras de deficiência e idosos, os recursos económicos, a educação e a saúde a que têm direito. Para isso os impostos nacionais seriam re-distribuidos.
Para os apoiantes de Evo os governadores da “meia lua” são corruptos que se servem de dinheiros públicos para aumentar o seu património pessoal, com apoio dos Estados Unidos. Grandes painéis de apoio abundam por toda Cochabamba e La Paz, na televisão passam vários documentários elogiosos de Evo e denunciando as vidas presentes e passadas alegadamente corruptas dos seus opositores. Os seus opositores são ainda acusados de assassinar pessoas inocentes e causar instabilidade.
Do lado dos seus opositores ouve-se que Evo “veio para ficar” e que quer afastar todos os que se lhe opõem, com o apoio do seu amigo Hugo Chavez.
Fala-se em referendos que só são promulgados quando os resultados validam a posição de Evo.
Fala-se de prisões sem julgamento de vários elementos da oposição. Fala-se dos “ponchos rojos”, alegadamente o braço armado oficioso do Governo, que vimos às dezenas, 24 horas por dia a fazer uma vigília à porta do local onde está detido o Governador de Pando, para impedir a sua libertação.
Esta oposição fala que os documentários que passam na televisão são “publicidade paga”, e que as manifestações de apoio a Evo são organizadas pelos sindicatos numa base de obrigatoriedade: cada família tem de enviar pelo menos um elemento às manifestações de apoio a Evo, consideradas um dever cívico. Tanto na presença às manifestações como na presença às votações há uma multa pesada para quem não compareça.
Visto de fora fica confuso. Do grupo de parlamentares que esteve em La Paz para averiguações, não se ouviu falar em lado nenhum.
La Paz
La Paz é uma cidade nas bordas da montanha, a dar para uma rua principal, esta parte é o Centro, depois há a zona sul, mais moderna, mais rica e mais incaracterística e, nas redondezas, a cidade de El Alto. Adorámos La Paz e os paceños que conhecemos.
A política Boliviana está confusa, como provavelmente em todos os países. Aqui a questão é mesmo dicotómica: há os apoiantes de Evo Morales e os seus opositores.
Do lado dos apoiantes ouve-se que Evo é um defensor das classes pobres, um homem que prometeu acabar com a corrupção e com o favoritismo, um homem eleito pelos pobres das zonas altas e muito povoadas das montanhas a ocidente, que quer providenciar aos mais desprotegidos: crianças, pessoas portadoras de deficiência e idosos, os recursos económicos, a educação e a saúde a que têm direito. Para isso os impostos nacionais seriam re-distribuidos.
Para os apoiantes de Evo os governadores da “meia lua” são corruptos que se servem de dinheiros públicos para aumentar o seu património pessoal, com apoio dos Estados Unidos. Grandes painéis de apoio abundam por toda Cochabamba e La Paz, na televisão passam vários documentários elogiosos de Evo e denunciando as vidas presentes e passadas alegadamente corruptas dos seus opositores. Os seus opositores são ainda acusados de assassinar pessoas inocentes e causar instabilidade.
Do lado dos seus opositores ouve-se que Evo “veio para ficar” e que quer afastar todos os que se lhe opõem, com o apoio do seu amigo Hugo Chavez.
Fala-se em referendos que só são promulgados quando os resultados validam a posição de Evo.
Fala-se de prisões sem julgamento de vários elementos da oposição. Fala-se dos “ponchos rojos”, alegadamente o braço armado oficioso do Governo, que vimos às dezenas, 24 horas por dia a fazer uma vigília à porta do local onde está detido o Governador de Pando, para impedir a sua libertação.
Esta oposição fala que os documentários que passam na televisão são “publicidade paga”, e que as manifestações de apoio a Evo são organizadas pelos sindicatos numa base de obrigatoriedade: cada família tem de enviar pelo menos um elemento às manifestações de apoio a Evo, consideradas um dever cívico. Tanto na presença às manifestações como na presença às votações há uma multa pesada para quem não compareça.
Visto de fora fica confuso. Do grupo de parlamentares que esteve em La Paz para averiguações, não se ouviu falar em lado nenhum.
La Paz
La Paz é uma cidade nas bordas da montanha, a dar para uma rua principal, esta parte é o Centro, depois há a zona sul, mais moderna, mais rica e mais incaracterística e, nas redondezas, a cidade de El Alto. Adorámos La Paz e os paceños que conhecemos.
Pormenores turísticos-culturais:
As zebritas, paceños vestidos de zebra que ajudam as pessoas a atravessar as ruas, ajudam a controlar o trânsito, sensibilizam para a limpeza das ruas.
As cholas, com o fato típico das paceñas, com o seu borsalino (chapéu tipo de coco) e as suas saias com várias camadas fazendo umas formas consideráveis. Para o paceño típico gordura ainda é formosura, e os paceños gostam de comer, mas por qualquer efeito desconhecido são na sua maioria magros.
Muitas igrejas, de várias origens, mas mesmo a católica, quiçá tentando aligeirar, leva palmas no final da missa.
A nós turistas, que subimos de 2500 metros para 3600 metros encontrando uma cidade que não têm uma rua sem declive, os conselhos bem humurados são “andar devagarito, comer poquito, dormir solito”.
As zebritas, paceños vestidos de zebra que ajudam as pessoas a atravessar as ruas, ajudam a controlar o trânsito, sensibilizam para a limpeza das ruas.
As cholas, com o fato típico das paceñas, com o seu borsalino (chapéu tipo de coco) e as suas saias com várias camadas fazendo umas formas consideráveis. Para o paceño típico gordura ainda é formosura, e os paceños gostam de comer, mas por qualquer efeito desconhecido são na sua maioria magros.
Muitas igrejas, de várias origens, mas mesmo a católica, quiçá tentando aligeirar, leva palmas no final da missa.
A nós turistas, que subimos de 2500 metros para 3600 metros encontrando uma cidade que não têm uma rua sem declive, os conselhos bem humurados são “andar devagarito, comer poquito, dormir solito”.
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