Ao Vítor com amor e reconhecimento
Vitor
Ainda estou em Licença Sabática aqui na América Latina. Esta América Latina que sei que tanto aprecia e que por seu lado tanto valoriza o seu trabalho e lhe presta o tributo que Portugal sempre tem esquecido.
Por ironia pedem-me agora para escrever um texto, por ocasião da sua jubilação, um texto para um livro de homenagem.
Eu por mim teria preferido que esse livro tivesse visto luz há 30 anos, e sob a forma de acções concretas, possibilitando-lhe uma carreira ainda mais fecunda, sem dissabores evitáveis e sem dispersão de energia emocional e cognitiva.
A nossa Faculdade não teve grande visão, tão pouco apoio lhe foi dando!
(Será um problema local isto de se apostar frequentemente “no cavalo errado”?)
O meu texto sobre si? de si digo o melhor: um jovem pai, um irmão mais velho, um amigo, um colega, um mestre, um estudioso feroz, um homem persistente algo desiludido com tanta pedra no caminho e porque tanto lhe dificultaram ter asas e voar.
Dizia-me com frequência: “eu sou o arco, vê tu se consegues ser a flecha que ultrapasse esta selva”.
O Vítor é e sempre foi um “Não-situacionista” e eu, para o melhor e para o pior, "herdei" isso de si com muito orgulho.
Não sei se vou conseguir ser “flecha” porque as Instituições, óh Vítor, são assim mesmo, asfixiam sempre os “Não-situacionistas” e preferem “Yes-persons” onde se apoiam para sobreviver. A ironia, Vítor, é que são mesmo essas “Yes-persons” que não deixam as Instituições evoluir e as condenam ao imobilismo.
Vitor
Ainda estou em Licença Sabática aqui na América Latina. Esta América Latina que sei que tanto aprecia e que por seu lado tanto valoriza o seu trabalho e lhe presta o tributo que Portugal sempre tem esquecido.
Por ironia pedem-me agora para escrever um texto, por ocasião da sua jubilação, um texto para um livro de homenagem.
Eu por mim teria preferido que esse livro tivesse visto luz há 30 anos, e sob a forma de acções concretas, possibilitando-lhe uma carreira ainda mais fecunda, sem dissabores evitáveis e sem dispersão de energia emocional e cognitiva.
A nossa Faculdade não teve grande visão, tão pouco apoio lhe foi dando!
(Será um problema local isto de se apostar frequentemente “no cavalo errado”?)
O meu texto sobre si? de si digo o melhor: um jovem pai, um irmão mais velho, um amigo, um colega, um mestre, um estudioso feroz, um homem persistente algo desiludido com tanta pedra no caminho e porque tanto lhe dificultaram ter asas e voar.
Dizia-me com frequência: “eu sou o arco, vê tu se consegues ser a flecha que ultrapasse esta selva”.
O Vítor é e sempre foi um “Não-situacionista” e eu, para o melhor e para o pior, "herdei" isso de si com muito orgulho.
Não sei se vou conseguir ser “flecha” porque as Instituições, óh Vítor, são assim mesmo, asfixiam sempre os “Não-situacionistas” e preferem “Yes-persons” onde se apoiam para sobreviver. A ironia, Vítor, é que são mesmo essas “Yes-persons” que não deixam as Instituições evoluir e as condenam ao imobilismo.
O Vítor foi até onde pôde, contra esta abulia Institucional.
E deixou muito caminho facilitado para nós.
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