quinta-feira, 28 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
Schools for Health in Europe
( com belíssimas fotos do Ricardo Machado)
domingo, 24 de maio de 2009
Desenhadores do Quotidiano: o Pais pela positiva?
Na ERA do " bota abaixo" ainda se fazem coisas neste País.
Pena que a comunicação social esteja ( com honrosas excepções) tão vocacionada para o luso "dizer mal". Até parece que somos muito mais tristes e incapazes do que somos realmente...
Nós (equipa) andamos a ver se encontramos um botãozinho que dê "ligado" ( habitualmente conhecido no planeta por "ON"), num conjunto de crianças e adolescentes, dos 3 aos 18 anos, numa escola onde trabalhamos.
Temos lá grupos de consultores, mas estes são consultores especiais: alguns são professores, outros educadores, outros pais, outros adolescentes, outros mesmo crianças: eles dizem-nos regularmente o que está bem, o que está mal, o que sugerem, o que detestam.... a Tania, a Marta, a Mafalda, a Sónia ouvem... e tentam dar seguimento.
Temos lá actividades de dinamização dos recreios, onde às vezes há violência por falta de espaço, por carências na gestão do tempo e do espaço, por incapacidade de gerar alternativas mais construtivas...
Nós tentamos estar lá e ajudar... o Ricardo, a Mafalda, a Gina animam os recreios e tentam motivar os educadores a fazer o mesmo todos os outros dias.
Temos um projecto da União Europeia (DICE) onde em conjunto com vários países vamos pôr em marcha um projecto de promoção de competências académicas, pessoais e socias, através do DRAMA .
Temos um projecto de construção de narrativas através do video ( "Videostorytelling"), animado pelo Ricardo, e o futuro clube da Fotografia, animado também pelo Ricardo. Temos um projecto de Mentoria, orientado pela Paula. Temos o projecto de gestão Institucional de regras " Passaporte para"...
Desta vez foi o projecto dos Diários Gráficos... Diários de viagem ,viagens no mundo mas também no quotidiano.
O artista e formador convidado foi o Eduardo Salavisa , que para além do mais ainda nos enviou uns desenhos da sua autoria ( os miúdos, eu assisti, adoraram os macaquinhos e comentaram " Sôtor, é tão dificil desenhar macaquinhos a mexer-se, esses estão mesmo giros"").
O Eduardo tentou que a precisão da representação fosse o menos importante, ultrapassada largamente pelo hábito e o gosto pelo registo....
Não sei se eles entenderam, mas vi-os seguir as explicações com uma motivação insuspeitada....quase onírica!)
O mesmo aliás tinha acontecido com os professores, na sessão anterior.
Vamos ver o futuro deste novo Clube de " Desenhadores do quotidiano". Para já uma definição do formador :
"Para se aprender a desenhar é preciso desenhar. Muito. Para se desenhar muito é preciso gostar de o fazer. Uma das maneiras de transmitir esse gosto pelo desenho é fazer com que os alunos adquiram o hábito de transportar um caderno: o Diário Gráfico.
Assim, habituam-se a ser mais observadores e a registar o que observam diariamente.
O Diário Gráfico transforma-se, assim, num objecto essencial por várias razões, como por exemplo, são memórias que ficam, é um espaço de liberdade, de experimentação, de prazer, é um local onde podemos registar informação útil, faz-nos companhia".
Enfim, transforma-se num amigo ". ES, 2009)
Ficam ainda algumas fotos da sessão que seguem, directamente da sessão para o telemóvel.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Preservativo: assunto badalado mas não esclarecido.
A conversa anda muito “chata” à volta do preservativo e até parece que o assunto veio à baila “apenas” porque se está a votar no Parlamento e não por um motivo de saúde, como por exemplo os dados sobre a infecção VIH em Portugal.
A comunicação social e a política palaciana continuam a marcar a agenda da vida dos cidadãos e vamos tendo “ a semana do preservativo”, “ a semana da violência”, “ a semana da identidade de género”…
Lamentável!
Lamentável ainda que se fale do assunto da pior maneira possível, como se o preservativo e a sua “ distribuição” encerrassem em si todo o assunto do que é preciso dizer e fazer, em matéria de sexualidade e da saúde sexual dos adolescentes.
Lamentável ainda que o assunto se tenha reduzido a um duelo entre agendas politicas apressadas, e um conjunto de pais cheios de “valores” que (ao arrepio da ciência) continuam a achar que estratégias proibicionistas resultam na propagação de valores e na promoção da saúde sexual e que, pelo contrário, uma politica de informação e de acesso à protecção da saúde, torna os jovens consumidores compulsivos, apressados, pressionados e involuntários.
Lamentável!
Fui ouvindo (TSF) o Professor Henrique de Barros que incentiva os pais a tomar em mãos o seu papel educativo, para que os filhos não necessitem de preservativos se decidiram não iniciar (ainda) a sua vida sexual genital. Para o caso desta educação parental não resultar, (o que é sempre possível porque as influências sobre as pessoas são variadas e a sexualidade genital está emergente na adolescência), se a educação parental não resultar, ao menos as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez não desejada não serão mais um produto da desigualdade económica e cultural, com os pobres e menos escolarizados a ter menos acesso (como dizem os estudos, ver em http://www.aventurasocial.com/ ). O acesso ao preservativo deixaria assim de ser um factor de desigualdade sócio-económica.
Fui ouvindo e conversando com o Professor Daniel Sampaio, cujas opiniões de fundo partilho e com quem trabalhei ao longo de 2 anos no GTES, o tal grupo de trabalho em que se baseia a proposta do PS agora em votação.
Há um ponto da maior importância em qualquer discussão sobre o assunto, nomeadamente que refira o GTES, (cujos relatórios estão disponíveis no site da DGIDC-ME):
O acesso ao preservativo nas escolas (o acesso e não a “distribuição”) foi sempre equacionado no âmbito de uma estratégia de educação promotora de saúde, nunca como um acontecimento tipo “animação de recreio”. Esta visão é aliás a perversão total de tudo quanto foi feito e dito pelo GTES.
Aparentemente foi-se a “filosofia” e ficou apenas a instrumentalização, algo grotesca e descontextualizada, da alegada “ distribuição, tipo rebuçado à porta das escolas”.
Lamentável! Não sei a quem serve isto, aos jovens não certamente.
Mas hoje para meu espanto geral li o Prof. Oliveira Silva, que também integrou o GTES, comentar que a dita “ distribuição de preservativos” tinha que ser nos Centros de Saúde porque a sua “ distribuição por professores e psicólogos seria mero facilitismo”.
Esta achega vinda de um ginecologista, Professor de Ética e elemento do tal GTES, teria que ter algum fundamento . O senhor Professor teria essa responsabilidade cívica.
Fez-me lembrar o que aconteceu a uma senhora conhecida que quando ficou viúva foi ao médico do Centro de Saúde. Este atendeu-a, na sua competência clínica, mas no fim vendo uma frágil senhora, viúva e só, disse carinhoso “A senhora agora vai comprar um gatinho para lhe fazer companhia”.
Fico sempre a pensar que se as pessoas só falassem do que sabem, o Pais ia mais longe!
“ Não suba o sapateiro além das botas”! dizia um conto da minha infância.
domingo, 17 de maio de 2009
Dia Internacional dos Museus
Pena ser só uma vez por ano, mas é tão divertido jantar, dançar, ouvir música, fazer uma visita guiada ao espólio da Amazónia às 22horas... sair dõ museu às duas da manhã... ainda com a banda de música tradicional irlandesa a tocar...
Doi divertido ver teatro e marionetas no jardim interior, com imensas crianças sentadas pelo relvado... pena ser só uma vez por ano...
Foi ontem, no Museu de Etnologia. Agora só 16 de Maio próximo. Pena! queriamos mais!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Reconversão (?) da orientação sexual !....
A petição em reacção às declarações de técnicos de saúde mental e responsáveis da Ordem dos Médicos que defendem a "reconversão da orientação sexual" ( ver "posts" dos últimos dias) já está on-line em:
http://www.peticao.com.pt/reconversao-da-orientacao-sexual
Assinem e indiquem a vossa formação profissional (ex: psicólogo, psiquiatra, médico, etc) no campo dos comentários.
Divulguem!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Vozes da Ciência do Século XXI
Como diz (e muito bem quanto a mim) o Professor Daniel Sampaio, na sua crónica da Pública de domingo passado, "o problema não é saber se os psiquiatras podem tratar homossexuais, a questão é que não devem" .
Tenho de há anos uma grande admiração pessoal e científica pelo Professor Vaz Serra e custa-me vê-lo envolvido nesta polémica. E não entendo!
Homofobia disfarçada de ciência?
Os colectivos e associações abaixo referidos vêm desta forma condenar publicamente as escandalosas declarações do psiquiatra Adriano Vaz Serra, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e de Saúde Mental (SPPSM), e de João Marques Teixeira, presidente do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, em entrevista à jornalista Andreia Sanches, do Jornal Público do passado dia 2 de Maio.
Para estes dois médicos, não apenas é possível condicionar medicamente a orientação sexual e identidade de género dos/as indivíduos, como desejável, sendo a homossexualidade ou a identidade de género das pessoas transgénero, naturalmente, doenças mentais.
O que mais escandaliza em tais declarações não é apenas a sua carga de conservadorismo moral e falta de critério profissional – a homossexualidade deixou de ser considerada uma doença ao ser retirada da lista de perturbações psiquiátricas em 1973, pela Associação Americana de Psiquiatria -, mas que elas venham de pessoas com altas responsabilidades cívicas e públicas, dirigentes da SPPSM e da Ordem dos Médicos.
O mais inaceitável e imponderável é o impacto deste tipo de declarações de "peritos", nas vidas e na auto-estima de tantas pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT) que já enfrentam diariamente enormes dificuldades na sua auto-aceitação e visibilidade pública, como comprovam as taxas de suicídio entre jovens LGBT, claramente mais altas do que a média geral. Daí, a irresponsabilidade e ausência de ciência dos autores destas declarações retrógradas e incompatíveis com as linhas de orientação terapêuticas da APA.
É fácil imaginar, aliás, o que espera os/as "pacientes" que caiam nas mãos de médicos com as práticas correspondentes a estes discursos, desactualizados face ao conhecimento científico, e que estão a indignar boa parte dos seus colegas de profissão, como se vê pela denúncia de Daniel Sampaio na sua crónica deste domingo na revista Pública, onde caracteriza o sucedido como exemplificativo de um caso em que "desaparecem os valores e surgem as crenças". São particularmente graves as declarações do responsável da Ordem dos Médicos, em que este afirma que em alguns casos é possível ""re-enquadrar a identidade de género e as opções de relacionamento" de alguém que sente atracção por pessoas do mesmo sexo.
A Ordem dos Médicos , representante de uma classe e forçosamente parte da promoção das boas práticas profissionais, revela-se afinal promotora do preconceito e de práticas atentatória dos direitos e da saúde de pacientes. Preocupante é que seja caso único na Europa ao deter um poder arbitrário de decisão final sobre os processos de mudança de sexo, e que detenha esse poder discricionário alguém que acha que é possível "reenquadrar" a identidade de género e a orientação sexual das pessoas – o que não seria mais do que um atentado contra os Direitos Humanos.
Os colectivos e associações abaixo referidos pensam ser da maior relevância que o bastonário da Ordem dos Médicos quebre um silêncio ensurdecedor e se pronuncie pública e urgentemente sobre esta questão e estas declarações. Com critério científico, e com o critério moral e social de não permitir que, a partir da Ordem, se emitam valores e crenças discriminatórios e atentatórios do dever da classe médica e da saúde dos/das utentes.
Subscrevem:
APF – Associação para o Planeamento da Família, Associação Positivo, Clube Safo, GAT – Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA, MPE – Médicos Pela Escolha, não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia, Poly_portugal, PortugalGay.pt, UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta
Nota: O Conselho Directivo da ONGD Cidadãos do Mundo vem, por este meio, afirmar o seu apoio inequívoco às posições emitidas pelo colectivo LGBT de protesto às declarações de psiquiatras com responsabilidades na Ordem dos Médicos e numa Associação de psiquiatria, reveladoras de preconceitos e crenças não baseadas em qualquer critério científico no que refere a orientação sexual.
terça-feira, 12 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Lançamento de livro KUNUAR
KUNUAR
de Luísa Coelho que terá lugar sábado dia 16 de Maio pelas 19h na Galeria
Abraço situada na Rua do Poço do Borratém nº 39, à Praça da Figueira em
Lisboa. A autora apresenta a obra.
Domingo dia 17 de Maio a autora dará uma sessão de autógrafos na Feira do
Livro das 17 às 19h nos pavilhões 21 e 23 da Editora Contra Margens
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Venha desenhar na Feira!
Olá
No dia 8 de Maio pelas 18 horas realizar-se-á um workshop na Feira do Livro, comigo próprio, o
A ideia é pôr as pessoas a desenharem o recinto da Feira.
Alguns dos desenhos serão publicados na revista LER.
Quem não estiver cá nesse dia, pode desenhar à mesma a feira e entregar o caderno, no stand da Quimera, até ao dia 13 às 20h00.
Vou lá estar para os receber.
Vejam o cartaz.
Abraço
eduardo
terça-feira, 5 de maio de 2009
Dia Mundia da Dança na FMH
Como sabem, a nossa Faculdade associou-se às comemorações, organizando uma série de actividades de dança -- a maior parte das quais planeadas e acompanhadas por estudantes da licenciatura e do mestrado.
Entre as actividades, acolhemos a exposição UMA CARTA COREOGRÁFICA, preparada pela Direcção Geral das Artes, exposta por todo o país, e que continua até ao final da semana exposta no átrio da nossa Faculdade.
O Senhor Ministro da Cultura honrou-nos com a sua presença -- facto devidamente assinalado no sítio oficial da Direcção Geral das Artes < http://www.dgartes.pt/news_details.php?month=5&year=2009&newsID=23836&lang=pt> ;.
Daniel Tércio